Bolachas de amêndoa

Tinha uma ideia de bolachas festivas com uma imagem de tradicionalismo na cabeça, daquelas que se encontram em boas confeitarias regionais. No entanto, sem receita herdada para as fazer, tive de recorrer a experiências. Fiz umas adaptações a uma receita encontrada numa revista e por sorte consigo à primeira tentativa. No final, o resultado foi exactamente o pretendido, uma receita que rendesse muitas bolachas de textura areada e amanteigada mas sem levarem muita manteiga, festivas para a época do Natal mas não muito doces, e com aquele travo a frutos secos. Óptimas para oferecer ou simplesmente acompanhar o café.

Ingredientes:

-180 g de farinha de trigo s/ fermento (usei tipo 65)
-70 g. de farinha de milho branca
-1 c. sob. de fermento em pó
-125 g de manteiga
-120 g de açúcar
-1/2 c. café de extracto de côco
-1 ovo
-1 c. café de açúcar baunilhado
-100 g de amêndoa moída
-frutos secos para decorar (usei amêndoa em palitos e cereja cristalizada)

Como fazer:

Bater o açúcar e a manteiga derretida até formar um creme. Juntar o ovo, o extrato de côco e o açúcar baunilhado e bater até ficar cremoso e o açúcar praticamente dissolvido. Juntar as farinhas aos poucos, peneirando-as, assim como o fermento em pó e misturar até incorporado com a batedeira ou uma colher-de-pau. Por último juntar a amêndoa moída e misturar. De seguida, moldar rolos com a massa e envolver em película aderente para levar ao congelador umas horas até que fique firme.
Pré-aquecer o forno a 180ºC.
Retirar os rolos e remover a película. Com uma faca grande e afiada cortar rodelas da massa ainda congelada com cerca de 1 cm de espessura , colocando as bolachas em tabuleiros forrados com papel vegetal. Decorar a gosto e levar ao forno cerca de 10 minutos.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): é necessário substituir a manteiga por uma adequada e eu prefiro a marca MinusL, que até vem em pacotes de 125 g, perfeito para esta receita.
-Estas bolachas são a perfeita oportunidade para dar largas à imaginação em termos de as decorar ou então pedir às crianças para ajudarem

Bolachas almas-gémeas

Tenho cá em casa uma "cliente" muito difícil de agradar, e quando algo lhe faz as delícias como aconteceu com estas bolachas é porque toda a casa vai adorar e divulgar. Depois claro que dou por mim a fazer a mesma receita 2 ou 3 vezes no mesmo mês por pedidos.
Cada um tem os seus gostos, mas quando agradamos aos "esquisitos" é sinal para celebrarmos, pois se conseguimos satisfazer o pior crítico possível, que poderemos mais pedir?

Ingredientes:

3 cháv. farinha sem fermento (usei tipo 65)
1 cháv. manteiga (usei 125 gr.)
1 e 1/3 cháv. açúcar
2 ovos
1/2 c. chá fermento em pó
1 c. chá mal cheia de essência de baunilha
1 c. sopa de cacau orgânico

Como fazer:

Derreter a manteiga no microondas e batê-la com o açúcar até fazer um creme claro e espesso. Juntar os ovos 1 a 1 e a baunilha e bater um pouco até o açúcar se dissolver. Juntar a farinha com o fermento aos poucos e mexer com uma colher de pau até estar envolvida. Dividir a massa em duas metades e separar. Numa das partes, juntar o cacau e misturar com a colher de pau ou a mão até estar bem misturado. Embrulhar as duas partes em película aderente separadamente e colocar no congelador cerca de 10-15 min. até ficarem frias. Retirar e fazer, de cada metade, um rolo e embrulhar na película de novo antes de levar novamente ao congelador mais 15 min. pelo menos, até que fiquem um pouco firmes. De seguida, retirar e colocá-los lado a lado. Neste momento, é só enrolar e pressionar de forma a acabar com um rolo comprido dividido a meio pelas duas cores ao sentido do comprimento. Levar uma última vez ao congelador até ficar bem firme para cortar fatias com a faca. Retirar e desembrulhar. Com uma faca afiada cortar fatias de cerca de 1 cm e distribuir por tabuleiros forrados a papel vegetal. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC exatamente 10 minutos.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu) : é necessário substituir a manteiga por uma sem lactose e nesse caso recomendo MinusL
-Ao dispor as bolachas nos tabuleiros não é necessário separá-las muito pois não crescem muito mais no forno
-Rende cerca de 3 a 4 tabuleiros de forno
-Se for necessário, antes de colocar o rolo de massa uma última vez no forno pode cortar em partes para ocupar menos espaço e ficar mais direitinho.
-Por vezes, junto uma colher de café em pó solúvel à massa com chocolate para realçar mais o sabor e fica óptimo

Compota de Abóbora com Nozes

Definitivamente, sou influenciada pelas estações. As cores, a temperatura, a luz e claro, as frutas e os vegetais da época.  E neste Outono, posso dizer que descobri as maravilhas de uma boa compota caseira. Os frutos do Outono são de facto tão acolhedores e doces que só apetece passar o fim-de-semana a fazer compotas, geleias e bolinhos enquanto se vê a chuva cair lá fora.

Ingredientes:
1 kg de abóbora arranjada e cortada em cubos
700 g. açúcar
2 paus de canela
raspa de 1/2 laranja
nozes partidas q.b.

Como fazer:

Colocar tudo num tacho a lume alto e deixar levantar fervura. De seguida, baixar o lume e deixar ferver até engrossar. O ideal é fazer ponto de estrada no fundo do tacho. Retirar do lume e depois de um pouco arrefecida, misturar as nozes e colocar dentro de frascos esterilizados.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): esta receita é perfeita !
-O tempo de cozedura vai depender do tamanho dos cubos da abóbora e da qualidade desta, da sua dureza e quantidade de água que contém.
-Quando faço compota, como faço em pouca quantidade de cada vez, não costumo virar os frascos de cabeça para baixo, pois como é para consumo quase imediato não necessitam de vácuo, mas proceda-o se necessário, antes de guardar os frascos.

Torta de Laranja

O que fazer quando se tem um armazenamento de ovos caseiros? O ideal é voltar às origens. Aos doces conventuais e bem portugueses. Nunca falham. Fiquei fã desta receita muito fácil, encontrada por inspiração de uma amiga para experimentar este docinho delicioso. Aconselho a todos os gulosos.

Ingredientes:
6 ovos
1 c. sobremesa de amido de milho (maizena)
2 dl. sumo de laranja
raspa de 1 laranja
250 g. açúcar

Como fazer:
Pré-aquecer o forno a 175 ºC.
Juntar tudo e bater à mão com uma vara até o açúcar dissolver mas sem fazer muita espuma. Levar a cozer num tabuleiro rectangular largo barrado com manteiga e forrado com açúcar cerca de 25 minutos. Retirar do forno e quando morno, virar sobre um pano polvilhado com açúcar. Com a ajuda do pano, enrolar puxando uma das extremidades do mesmo para dentro até enrolar completamente o rolo. Transferir para um prato ou travessa e servir frio.

Notas:
-Para intolerantes à lactose(como eu): basta substituir a manteiga de forrar a forma e pode usar a marca MinusL.
-Para transferir para a travessa depois de enrolado ajuda muito se recordar um pedaço de papel vegetal maior que o rolo e o colocar sobre o pano, visualizando onde este irá acabar enrolado com a dobra voltada para baixo, para depois ser possível levantá-lo (na primeira vez não o fiz e a torta acabou rachada de um lado).

Pudim de laranja e Vinho do Porto

Adoro pudins por me fazer lembrar da minha infância, onde faziam sempre parte das festas, aniversários e celebrações. Pelo seu sabor penetrante e familiar, recorda sempre que os faço, a simplicidade das tradições e a importância de as continuar para a felicidade do nosso espírito. 

Ingredientes:

300 g. açúcar

9 ovos inteiros

2 dl de sumo de laranja natural

0,5 dl de Vinho do Porto

Como fazer:

Juntar tudo numa taça e bater bem com uma varinha mágica. Levar a cozer em banho-maria a lume médio numa forma untada com bastante caramelo.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): esta receita é perfeita!

Segunda tentativa de macarons

Estava quase tão desejosa de experimentar pela segunda vez como pela primeira. Desta vez moí mais um pouco a amêndoa no processador e fiz as bolachinhas mais pequenas e mais altas (sem as alisar como da outra vez) e acho que ficaram com um aspecto mais próximo de um verdadeiro macaron. Até ficaram com aquela bordazinha a toda a volta mais estaladiça, que pelo que dizem, é o sinal de um macaron legítimo. : )
Agora falta acertar o sabor que ainda está muito subtil e a cor clara. Como não sou grande fã de corantes artificiais, sou capaz de experimentar adicionar sumo de beterraba e um pouco de chocolate em pó para o sabor. Veremos para a próxima como ficam.

Pudim de laranja

Este pudim é a arma secreta quando apetece uma sobremesa com um sabor bem português que não leve muito tempo e energia. Com um sabor forte a caramelo e um leve travo fresco a laranja, este pudim faz um doce levezinho e saboroso.

Ingredientes:

5 ovos
5 c. sopa de açúcar
1 cháv. de leite
1 c. sopa de amido de milho (maizena)
sumo de 1 laranja
caramelo líquido q.b.

Como fazer:

Dissolver a maizena no leite frio e juntar aos restantes ingredientes. Bater tudo bem com a varinha mágica e verter numa forma untada com bastante caramelo. Colocar a cozer em banho-maria cerca de 35 minutos.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): deve-se utilizar um leite adequado como o mimosa 0% lactose ou o meu preferido da alpro soya light.

Biscoitos à la macaron

Estes biscoitos surgiram numa tentativa de reproduzir macarons. Tenho andado com o desejo de tentar uma receita destes doces franceses desde que ouvi que eram extremamente difíceis de fazer. E claro, isso desafiou-me a tentar. Agora, depois de tentar, é que percebi finalmente a complexidade de um macaron de amêndoa... Desde o tamanho do grão de amêndoa moída até ao merengue e ao incorporar e tudo mais, esta receita é uma prova de paciência e experiência. Posso agora concluir, que só com bastante prática irei, possivelmente, lá chegar. No entanto, nem tudo está perdido. Apesar de não ter conseguido o resultado estético pretendido à primeira tentativa, eles ficaram deliciosos e modificando um pouco a receita base, consegui uma receita simplificada e fácil de biscoitos fofinhos e saborosos se não ligar para a conventual estética habitualmente ligada a um macaron. O segredo é pensar em biscoitos fáceis e diferentes e não em provas de fogo da culinária francesa.

Ingredientes:

125g. de açúcar em pó
125g. de amêndoa moída
90 g. claras (40+50)
110g. açúcar refinado
compota para rechear q.b. (usei de amora)
essência de côco (ou de baunilha)

Como fazer:

Misturar o açúcar em pó, a amêndoa moída e 40g. das claras e mexer com uma colher formando uma pasta.
Numa taça à parte, colocar as restantes 50g. de claras e bater até bastante espumosas e colocar aos poucos o açúcar, batendo sempre até criar um merengue forte.
Juntar as duas misturas e a essência e mexer vigorosamente com uma colher de pau até que a mistura esteja envolvida e ao retirar a colher e formar um pico, esse pico caia e retorne à massa sozinho. Colocar a mistura num saco de pasteleiro com um bico grosso e redondo e num tabuleiro com papel vegetal, verter com o saco, pequenos discos. Deixar repousar durante 30 minutos e entretanto, pré-aquecer o forno a 170ºC. Colocar o tabuleiro no forno e deixar cozinhar entre 12 a 15 minutos, não deixando dourar. Retirar e quando já arrefecidas, descolar as bolachas do papel com as mãos. Colocar uma colher de compota no meio de duas bolachas e fechar como uma sanduíche.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): esta receita é perfeita!
-Cuidado para não misturar demais a mistura, senão fica muito líquída.

Tarte de Limão Contessa

 Quando está calor e só apetece um sabor fresco e ácido mas doce ao mesmo tempo, esta tarte é a perfeição. Com uma massa amanteigada e quebradiça, o recheio cremoso e docemente ácido constitui o par perfeito para uma sobremesa decadente, especialmente quando precisamos de um miminho.

Ingredientes:

Para a massa:
165 g. manteiga
1/2 cháv. açúcar
1/2 c. chá de essência de baunilha
1 e 3/4 cháv. de farinha s/ fermento
1 pitada de sal

Para o creme:
3 limões grandes (sumo e casca)
1 e 1/2 cháv. açúcar
110 g. manteiga
4 ovos
1 pitada de sal

Como fazer:

A massa:
Bater a manteiga, o açúcar e a baunilha até se misturarem. Juntar aos poucos a farinha e o sal e misturar com uma colher de pau até formar um bola de massa.  Colocar a massa numa superfície enfarinhada e formar um disco compacto. Pressionar a massa para cobrir uma tarteira de fundo falso e levar ao frigorífico cerca de 20 minutos.
Pré-aquecer o forno a 175ºC.
Retirar a tarteira do frigorífico. Recortar uma folha de papel de alumínio, barrar um dos lados com manteiga e colocar sobre a massa estendida na tarteira, com a parte untada voltada para baixo. Cobrir a parte de cima do alumínio com feijões secos e levar ao forno por 20 minutos. Retirar o alumínio e os feijões e picar a toda a volta com os dentes de um garfo. Levar ao forno novamente por mais 20 minutos ou até ficar levemente dourada. Retirar e deixar arrefecer à temperatura ambiente.

O creme:
Retirar a casca dos limões (apenas a parte amarela) às tiras com um descascador de vegetais ou uma faca. Espremer os limões até fazer 1/2 cháv. de sumo e reservar. Num robô com a lâmina de picar incorporada, colocar a casca dos limões e o açúcar e processar até estar tudo bem picadinho e misturado.
Numa taça, bater a manteiga e o açúcar misturado com a raspa de limão até fazer um creme. Adicionar os ovos, um a um e depois juntar o sumo de limão e o sal, batendo até ficar bem combinado e cremoso.
Colocar a mistura num tacho e levar a lume baixo, mexendo sempre até engrossar, cerca de 10 minutos. Retirar do lume e deixar arrefecer com cuidado para não criar uma crosta.

Verter o creme sobre a massa cozida na tarteira e reservar no frigorífico até servir.


Notas:
- Para intolerantes à lactose (como eu): nesta receita é necessário substituir a manteiga e eu recomendo a marca MinusL pois contém um sabor agradável e parecido com a normal manteiga ou margarina o que é importante pois se notará bastante o sabor da manteiga na massa da tarte.
- O creme irá engrossar no lume antes de atingir o ponto de fervura.
- Se não apreciar sobremesas muito doces, sugiro reduzir o açúcar no creme de limão.

Bolo de canela e vinho do Porto

Para quem não aprecia bolos muito doces, este é perfeito. Sabores simples e portugueses para o conforto de um lanche à lareira no Inverno ou um pequeno-almoço diferente. Adoro como relembra os sabores do Natal, tipicamente portugueses.

Ingredientes:

3 ovos
190 g. açúcar
150 g. manteiga derretida
1,5 dl de leite
300 g. farinha para bolos
1 c. sopa de canela em pó
2 c. sopa de vinho do Porto
3 c. chá de fermento em pó

Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 200ºC.
Bater a manteiga com o açúcar até ficar um creme e juntar os ovos 1 a 1 até o açúcar se dissolver e resultar num creme fofo com muitas bolhas de ar a rebentar. Num copo misturar o leite e o vinho do Porto e reservar. Numa taça juntar a farinha, a canela e o fermento e reservar.
Ao creme de ovos juntar alternadamente a misturar do leite e a mistura da farinha batendo sempre até se envolver tudo.
Levar ao forno, numa forma untada e enfarinhada, cerca de 8 minutos e depois baixar a temperatura para 180ºC e deixar cozer cerca de mais 35 min.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): tem que se substituir a manteiga (por exemplo pela manteiga MinusL lactosefrei) e o leite ( pela marca mimosa 0% lactose, por exemplo)

Pão-de-ló de Alfeizerão

Foi surpreendente o quão depressa este docinho desapareceu depois de posto na mesa. Ainda por cima, feito com ovos caseiros o miolo ficou de um amarelinho tão brilhante que nunca tinha visto num bolo. Por isso, e em honra dos doces regionais de Portugal, aconselho todos a fazerem este doce tão fácil e delicioso.

Ingredientes:

3 ovos inteiros + 9 gemas separadas
150 g. açúcar
75 g. farinha para bolos

Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 200ºC.
Bater os ovos inteiros com o açúcar até este se dissolver bem e ficar um creme fofo. Juntar as gemas e bater cerca de 10 minutos até crescer bastante e ficar um creme aveludado e esbranquiçado. Adicionar a farinha peneirada e envolver com uma colher de pau com cuidado até ficar sem grumos.
Forrar um forma redonda pequena e sem buraco com uma folha grande de papel vegetal e verter a massa. Levar ao forno cerca de 25 min.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): este bolo é perfeito!
-Para verificar se está cozido o teste do palito não funciona muito bem porque é um bolo húmido e o bolo incha um pouco no forno.
Eu pretendia o pão-de-ló húmido mas sem estar líquido no centro. Nesse caso, para verificar se está pronto é só abanar um pouco a forma e se estiver cru, a massa abana como uma gelatina e consegue-se ver que está líquida sob a crosta. Por isso quando estava pronta ao abanar a forma, a massa parecia compacta o suficiente.
-Se a crosta atingir o tom dourado pretendido antes do pão-de-ló estar pronto, cubra com uma folha de alumínio.

Pastéis de massa tenra

E porque a vida não é só doce. Quando apetece algo salgado ou simplesmente pôr as mãos na massa para um petisco ou lanche elaborado, procuramos as receitas ideais. Eu fiz esta experiência após alguma pesquisa, e invenção até, e o resultado foi aprovado por todos. Claro que esta é uma daquelas receitas que acredito que melhorará por cada vez que a repita e ganhe a técnica, que só se aprende com a prática, mas mesmo assim encontrei uma maneira fácil de os fazer à primeira.

Ingredientes:

Para a massa:
350 g. de farinha do tipo 55
2 c. sopa de banha de porco
1 c. sopa de azeite
200 ml de água tépida
1 c. sobremesa de sal fino
1 c. café de pimenta moída

Para o recheio:
400 g. de carne picada
1 tomate pequeno picado
2 c. sopa de polpa de tomate
1/2 cebola picada
1 dente de alho picado
azeite q.b.
óleo q.b.
3 ou 4 azeitonas verdes descaroçadas e picadas
1 pacotinho de bacon às tiras
sal e pimenta q.b.
1 c. sobremesa de óregãos
1 c. sobremesa de tomilho

Como fazer:

Para a massa:
Juntar os ingredientes todos numa taça e mexa com a colher de pau ate fazer uma bola. Transferir para uma bancada enfarinhada e amassar um pouco até tudo ficar coeso e misturado. Fazer uma bola e colocar numa taça enfarinhada tapada com um pano a repousar no mínimo 1 hora.

Para o recheio:
Levar a lume médio um tacho e cobrir o fundo com partes iguais de azeite e óleo e colocar a cebola com uma pitada de sal até amolecer. De seguida adicionar o alho e o bacon até cozinhar um pouco. Juntar a carne e temperar com sal, pimenta, óregãos e tomilho, juntando o tomate cortado e a polpa, deixando cozinhar e mexendo ocasionalmente. Quando a carne estiver cozinhada, juntar as azeitonas e deixar a arrefecer completamente.

Para fazer os pastéis:
Numa superfície bastante enfarinhada colocar uma parte da massa e estender com o rolo da massa até a uma espessura mais ou menos fina. Com uma faca afiada ou um cortador de pizza cortar rectângulos da massa e em cada um colocar uma colher do recheio numa das suas metades, deixando espaço para as bordas. Dobrar a metade vazia de cada quadrado e fechar levemente com os dedos. De seguida passar um garfo por farinha e pressionar os dentes nas bordas de forma a os selar bem para o recheio não sair. Colocar num prato bem enfarinhado e polvilhar com mais farinha por cima. Por fim, levar uma fritadeira com óleo a lume médio e fritar os pastéis, com cuidado para não os sobrepor.

Notas:
-Para intolerantes à lactose (como eu): posso dizer com felicidade que posso confeccionar esta receita e saboreá-la sem me ter de preocupar com a lactose ou substituições de ingredientes, no entanto o bacon embalado contém uma mínima quantidade de lactose que eu suporto mas quem não o fizer, pode simplesmente eliminá-lo da receita.
-Na construção dos pastéis existem 2 pontos a focar :

1. A superfície tem que estar bem enfarinhada, com cuidado também para movimentar a massa de sítio, ao longo do processo para não acabar com um pastel perfeitamente construído colado à mesa.
2. A espessura da massa esticada, à falta de um termo mais técnico, descrevo como: o fina o suficiente para ficar um pastel estaladiço depois de frito e grossa o suficiente para se poder pegar na massa estendida, confiantemente sem a rasgar.

Quadradinhos de cenoura

Quando se torna quase automático a produção de uma receita é porque já a fizemos algumas vezes (no mínimo). E claro que quando a fizemos repetidamente é porque alguma coisa está a resultar. Por isso, para quem goste de um bolo simples, húmido e acolhedor em Inverno ou refrescante no Verão, sugiro que experimente. Eu, pessoalmente, continuo a fazê-lo por ser tão simples e rápido, para além de me sentir saudável ao comê-lo por ser tão rico, e ao mesmo tempo tão fofo.

Ingredientes:

3 ovos
2 cháv. açúcar
2 cháv. farinha para bolos
1 c. sopa rasa de fermento em pó
1 cháv. óleo
300 g. cenouras descascadas e em pedaços (aproximadamente 3 cenouras médias)
1 pitada de sal

Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 180ºC.
No liquificador bater os ovos, o açúcar, o óleo, as cenouras e o sal até o açúcar se dissolver e transfere-se para uma taça.
Numa taça à parte, peneira-se a farinha e o fermento e adiciona se este aos poucos à anterior mistura, misturando com uma colher de pau. Transferir a mistura para um tabuleiro untado e enfarinhado e levar ao forno cerca de 35 min.

Notas:

-Para intolerantes à lactose ( como eu): basta untar com uma manteiga sem lactose como a MinusL ou usar um spray de óleo culinário.
-Se preferir um sabor mais acolhedor e quente adicione uma colher de sopa de canela moída e uma pitada de noz moscada moída; Se pretender um aroma mais fresco, fica óptimo se adicionar a raspa de uma lima e um pedacinho de gengibre descascado no liquificador.

Bolo de laranja fofo

Uma receita fácil e tradicional, que remete imediatamente à família, tendo passado de geração em geração. Além da receita base, é possível alterar um pouco o sabor fazendo umas alterações. Se preferir um sabor mais suave e doce, adicione uma colher de café de essência de baunilha. Pelo contrário se o resultado pretendido for um sabor mais fresco e cítrico, adicione a raspa de uma lima juntamente com a de laranja. Dos bolos possivelmente mais familiares e simples, raramente nos cansamos desta textura tão fofa e leve.

Ingredientes:

6 ovos separados

1 cháv. e 1/2 de açúcar

1 cháv. e 1/2 de farinha para bolos

1/2 cháv. de óleo

sumo de 2 laranjas pequenas 

raspa de 1 laranja

2 c. chá de fermento em pó

Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 180ºC.

Bater as gemas com o açúcar e o sumo e raspa de laranja até ficar um creme fofo e volumoso com muitas bolhas de ar. Juntar o óleo e misturar mais um pouco. Aos poucos juntar a farinha peneirada juntamente com o fermento e envolver com a colher de pau até desfazer todos os grumos. Bater à parte as claras em castelo e envolver na mistura aos poucos criando volume na massa. Colocar a mistura numa forma untada com manteiga e enfarinhada e levar ao forno entre 35 e 40 minutos. 

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): nesta receita basta substituir a manteiga de barrar a forma, sendo que na minha opinião resulta muito bem usar um spray de óleo culinário. 

Tarte de limão merengada

Há muito tempo que andava para experimentar esta receita. Confesso que os programas culinárias americanos têm sido uma fonte de inspiração para mim, principalmente na pastelaria, desde as centenárias e tradicionais doçarias às modernas aparições. Atraem-me as receitas carregadas de história e usadas por várias gerações, e apesar de fazer sempre algumas alterações nas que encontro, não pude deixar de partir de uma receita que encontrei dada pelo nome de "tarte de limão merengada da Avó". De facto, a maior prova de sabor à qual se pode incutir uma iguaria é o tempo.

Ingredientes:

Para a base:

170 g de bolacha Maria ou digestivas

70 g de manteiga derretida

1 c. sopa de mel
1 c. sopa de farinha

Para o creme:

1 cháv. de açúcar

2 c. sopa de farinha sem fermento 

3 c. sopa de maisena (amido de milho)

1 pitada de sal 

1 cháv. e 1/2 de água

2 limões (sumo de raspa)

2 c. sopa de manteiga 

4 gemas separadas

Para o merengue:

6 c. sopa de açúcar

4 claras separadas

Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 175ºC.

Para fazer a base, triturar as bolachas usando o 123 ou batendo-as dentro de um saco ou pano até ficarem em migalhas. Numa taça juntar as bolachas, a manteiga derretida, o mel e a farinha e mexer, incorporando. Colocar esta mistura numa tarteira e calcar bem para fazer uma base compacta e levar ao forno até dourar um pouco, cerca de 10 minutos. Retirar e deixar arrefecer.
De seguida, para fazer o creme, misturar num tacho pequeno, a chávena de açúcar, a farinha, a maizena e o sal. Juntar a água, o sumo e a raspa dos limões e misturar. Levar este ao fogão em lume baixo-médio mexendo sempre até ferver e desligar. Nesta altura juntar a manteiga e deixar derreter, mexendo. Separadamente  numa taça colocar as gemas e bater ligeiramente. Retirar cerca de 1/2 chávena da mistura quente de açúcar e juntar em fio às gemas batendo sempre e assim que misturada devolver ao tacho juntamente com a restante mistura de açúcar. Continuar a mexer enquanto volta a ferver até que engrosse um pouco. Remover do lume e após deixar arrefecer um pouco, verter sobre a base na tarteira e deixar à temperatura ambiente.
Para o merengue, bater as claras até estarem bastante espumosas mas não firmes e juntar o açúcar nessa fase, continuando batendo até o açúcar estar totalmente dissolvido e o merengue firme e brilhante. Colocar o merengue sobre o creme alisando os bordas e picos formados.
Por fim, levar a tarte ao forno cerca de 10 min. até o merengue estar levemente dourado.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): o ingrediente que necessita de ser substituído nesta receita é unicamente a manteiga e neste caso eu prefiro a marca MinusL e asseguro que não notará diferença de sabor.

-A tarte consome-se melhor se estiver um pouco no frigorifico a refrigerar, após arrefecida do forno (cerca de 30-60 min. pelo menos) pois o creme de limão fica um pouco enjoativo quente ou à temperatura ambiente, mas tenha cuidado para não criar gotas à superfície do merengue devido à humidade por estar muito tempo no frigorífico.

-Use ovos L ou XL de preferência.

Quadradinhos de canela

Este é um bolo muito simples e delicioso que comprovei pelo facto de ser sido "obrigada" a fazê-lo pela segunda vez esta semana. Um bolo não desaparece assim simplesmente... principalmente se não for bom. Óptimo para o lanche pois não é daqueles bolos que se rejeitam após uma fatia, reconfortante e fofo, o exemplo pleno da moderação.

Ingredientes:

3 ovos grandes
200 gr de açúcar normal + 40 gr de açúcar amarelo
125 gr de manteiga
250 gr de farinha
1 c. de sobremesa de fermento em pó
1 c. de sobremesa de canela moída bem cheia
1 pitada de noz moscada moída
1 dl de leite frio

Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Numa tigela bater bem os ovos inteiros com os açúcares até ficar um creme aveludado e fofo. Adicionar a manteiga derretida ligeiramente arrefecida à mistura com cuidado, mexendo sempre. À parte misturar a farinha, o fermento, a canela e a noz moscada e adicionar estes ingredientes à mistura, aos poucos, peneirando-os e a alternando com a adição do leite. Bater para uniformizar apenas um pouco. Colocar a mistura num tabuleiro baixo (usado para brownies por exemplo) previamente untado com manteiga e enfarinhado e levar ao forno cerca de 35 min. Ao fazer o teste do palito este tem que sair seco e sentir-se a massa compacta ao furá-la.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): para fazer esta receita é necessário utilizar uma manteiga sem lactose, por exemplo da marca MinusL que eu adoro, pois tem um sabor óptimo tanto para usar em receitas como para barrar no pão, e um pacotinho tem 125 gr que é o ideal para este bolo (deixe de parte um bocadinho da manteiga para barrar o tabuleiro); o leite também precisa de ser especial e para este caso eu recomento o 0% lactose da mimosa que é delicioso e o sabor é igualzinho ao leite de vaca normal, para além de ser bastante confiável.

-Recomendo firmemente polvilhar com açúcar em pó depois do bolo pronto e arrefecido.

Cheesecake de frutos vermelhos

O nome engana um pouco, pois eu peguei num nome de uma receita tradicional americana e mudei ligeiramente (ou muito até), pelo que nem leva "cheese", nem tão pouco vai ao forno pela parte de ser um "cake". Na verdade, este é o semifrio mais popular cá em casa, estando sendo presente em qualquer que seja a ocasião, delicioso de verão a inverno.


Ingredientes:

300 gr de bolacha maria
87 gr de manteiga derretida
4 dl de natas
150 gr de açúcar
2 iogurtes naturais
3/4 de um frasco de compota de frutos vermelhos ou à preferência (prefiro a de mirtilos)

Como fazer:

Para fazer a base, na máquina 1 2 3 ou no robot de cozinha, processar a bolacha até estar toda em migalhas (pode colocar num saco de plástico fechado ou dentro de um pano dobrado e com cuidado bater com uma colher de pau ou rolo da massa até esmagar tudo) e depois colocar numa taça e juntar a manteiga derretida. Com uma colher de pau ou com as mãos misturar bem até as migalhas estarem todas cobertas com a manteiga. De seguida colocar esta mistura numa tarteira e prensar bem com os dedos e nós das mãos mas com cuidado, assegurando-se que fica o mais compacta possível e levar a tarteira ao congelador enquanto se faz a próxima camada.
Bater as natas com o açúcar até este se dissolver e as natas ficarem um pouco firmes. Seguidamente juntar os iogurtes e misturar.
Colocar o preparado na base de bolacha e levar de novo ao congelador no mínimo 5 horas (de preferência durante a noite). Na hora de servir, colocar a compota por cima do recheio já congelado e espalhar para fazer uma camada fina.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): Esta receita é um pouco trabalhosa no sentido de ter de encontrar muitos ingredientes 0% lactose, mas eu compro com antecedência e guardo no frigorífico quando tenho em vista uma ocasião para a fazer. Sendo assim, aconselho a utilizar manteiga lactose free, que agora já se encontra mais facilmente nos grandes supermecados, iogurtes naturais da mimosa 0% lactose, e natas para bater da alpro soya, pois acho que são as que têem o melhor sabor, e ainda bolachas maria de soja que se encontram facilmente como um produto alternativo da marca original.

-Inicialmente nesta receita, colocava 8 folhas de gelatina transparente para ter uma textura mais firme e segura mesmo após um tempo fora do congelador e fazia assim : coloca-se primeiro as folhas em água fria 5 minutos e de seguida derrete-se em banho maria, sem deixar ferver adicionando à mistura das natas com cuidado e mexendo sempre. Deixei de as colocar devido aos problemas que obtinha em termos das diferentes temperaturas das natas e da gelatina que acabava com fios de gelatina dura no meio do creme sem se dissolver, e mesmo assim o resultado é muito bom sem elas. A única desvantagem é não poder estar muito tempo fora do congelador sem derreter.

-A sobremesa fica óptima com frutos vermelhos congelados espalhados sobre a compota no topo.

-Ao colocar a bolacha na tarteira,se cobrir apenas o fundo e não os lados, depois as fatias saem mais facilmente sem desfazer a base toda.

Bolo de leite de côco

Comecei por experimentar esta receita que encontrei, numa fase de testar leites alternativos para sobremesas e adorei esta à primeira tentativa. É um bolo húmido e delicioso, sem saber muito a côco que faz as pessoas provarem e perguntarem "Hmmm qual é o ingrediente secreto?". Para melhorar ainda mais as coisas, é facílimo de fazer.

Ingredientes:

200 ml de leite de côco
3 ovos inteiros
meia cháv. de óleo
2 cháv. de açúcar
2 cháv. de farinha
1 c. sopa de fermento em pó
1 c. café de essência de baunilha
2 c. sopa de rum branco

Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Na liquificadora, juntar tudo menos a farinha e o fermento e bater bem. De seguida transferir para uma taça e juntar a farinha e o fermento peneirados. Barrar com manteiga uma forma redonda de chaminé, enfarinhar e colocar a mistura. Levar ao forno cerca de 40 minutos.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): Basta barrar a forma com uma manteiga sem lactose para ficar uma receita 0% lactose.
-Deve-se ter cuidado para não deixar a mistura a bater na liquificadora muito tempo porque depois aquece bastante e não é ideal.
-Usei um rum aromatizado com côco que combina na perfeição com este bolo
-É excelente para um lanche combinado com fruta, como por exemplo morangos ou mirtilos, ou então uma bola de gelado de baunilha.

Pão-de-ló de Páscoa

Quem é que já olhou para um Pão-de-ló enorme e fofinho, daqueles de derreter na boca, numa confeitaria por altura da Páscoa e pensou ser impossível de fazer em casa ? A verdade é que, não é. Não são precisas as formas de barro para um óptimo resultado, nem um forno de profissional. Desafio qualquer um a experimentar.

Ingredientes:

8 ovos inteiros
7 gemas separadas
375 gr de açúcar
250 gr farinha com fermento
1 c. chá de fermento em pó

Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 200ºC. Na batedeira eléctrica, bater os ovos, as gemas e o açúcar cerca de  20 minutos até aumentar bastante de volume e ficar um creme claro e fofo (e o açúcar dissolvido). De seguida com cuidado envolvendo com uma colher de pau, juntar a farinha e fermento peneirados à mistura. Forrar uma forma alta e redonda de chaminé com algumas folhas de papel vegetal sobrepondo-as, cobrindo tanto a base e paredes como a chaminé da forma ( deixando umas pontas das folhas para fora da forma para o bolo poder crescer bem). Colocar a massa na forma com cuidado para não fugir muito por onde as folhas de papel se separam umas das outras e levar ao forno exactamente 30 minutos.

Notas:

-Para intolerantes à lactose: Este bolo é perfeito pois não leva nenhum derivado de lacticínios ou produtos com lactose.
-O resultado fica ainda melhor se forem utilizados ovos caseiros
-O teste do palito não funciona necessariamente nesta receita pois o bolo acaba por ser um pouco húmido

Pavlova de frutos vermelhos

 Simplesmente divinal! Para quem gosta de frutos vermelhos este é o cenário de perfeição para os incluir, por outro lado para quem não os aprecia pode substituir por outras frutas como polpa de maracujá ou figos frescos. Quando pronta, esta sobremesa dá vontade de ir a correr buscar o telemóvel para tirar uma foto e esperar um pouco antes de a devorar toda, de tão linda que é, lembrando talvez a rainha do reino dos suspiros. Ideal também para partilhar, pois de preferência deve-se comê-la apenas no dia de confecção.

Ingredientes:

Merengue:
8 claras de ovos separadas
2 chav. e 1/2 de açúcar
2 c. chá de vinagre ( vinho branco ou cidra)
2 c. chá de essência de baunilha
2 c. sopa de maisena (amido de milho)

Creme:
200 ml de natas
3 c. sopa de açúcar

Cobertura:
frutos vermelhos descongelados ou frescos (cerca de uma caixa das pequenas ou a quantidade que preferir) misturados com 2 colheres cheias de compota de frutos vermelhos


Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Bata as claras um pouco até ficaram bastante volumosas e espumosas mas não firmes e de seguida junte o açúcar e continue batendo até ficar uma mistura reluzente e os grãos de açúcar totalmente dissolvidos. Na altura de juntar o vinagre, a baunilha e a maisena, acrescente um de cada vez à mistura com a velocidade mínima na batedeira. Num tabuleiro raso colocar uma folha de papel vegetal a forrar e colocar a mistura às colheradas de forma a fazer um círculo com a altura de cerca de 2 ou 3 em que o centro fica ligeiramente mais baixo (para no fim poder albergar a cobertura da fruta sem derramar). Colocar no forno e logo de início baixe a temperatura para 100ºC e deixe cozer 1 hora. Não abra a porta do forno entretanto e passado o tempo de cozedura desligue o forno e deixe arrefecer o preparado no interior do forno com a porta deste entreaberta.
Quando estiver totalmente arrefecido cubra com o creme na hora de servir ( previamente batendo as natas com o açúcar até este ficar firme e o açúcar dissolvido) e de seguida coloque por cima os frutos.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): Se preferir pode retirar o creme de natas que fica muito bom na mesma, mas facilmente se encontram natas sem lactose atualmente. Eu utilizo a marca da alpro soya de natas para bater pois acho que o sabor é o melhor e mais parecido às natas comuns.

Bolo de Prata

Não sei  bem de onde vem o nome mas este é um enorme bolo branquinho óptimo para utilizar claras extras em casa. Super fofo e simples, já repeti esta receita inúmeras vezes para aproveitar claras de ovos depois de serem feitos pudins ou quindins, pois ,para além de prático, as crianças adoram para o lanche.

Ingredientes:

10 claras separadas
2 ovos inteiros
3 cháv. chá de farinha
1 cháv. sumo de limão ou laranja (pode misturar)
3 cháv. açúcar
1 cháv. óleo
2 c, chá de fermento em pó bem cheias
1 c. chá de essência de baunilha

Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Numa taça grande comece por bater as claras até ficarem bastante espumosas mas não firmes. Junte o açúcar às claras com cuidado e bata bem até ficar um merengue reluzente com o açúcar totalmente dissolvido. Acrescente o óleo e o sumo indo batendo para envolver. De seguida acrescente os 2 ovos ligeiramente batidos com um garfo e bata mais um pouco. Por fim junte a farinha com o fermento peneirados aos poucos enquanto bate para envolver. Tente não mexer a farinha durante muito tempo para o bolo não resultar seco. Leve numa forma redonda grande com chaminé, untada e enfarinhada, ao forno cerca de 30 min. ou até o palito sair completamente seco.

Notas:

-Para intolerantes à lactose (como eu): Este bolo é bom porque não leva nenhum lacticínio na mistura e se for apenas um pouco intolerante pode usar uma manteiga normal para untar a forma, caso contrário utilize uma manteiga sem lactose.
-O bolo fica óptimo servido com morangos e natas batidas.
-A mistura inicial das claras com o açúcar tem de ser muito bem batida.

Bolo de Chocolate (Nega Maluca)

Um dos melhores bolos de chocolate na minha opinião. Daqui resultam fatias chocolásticas do género de brownies mas super leves e fofinhas. As festas e reuniões amigáveis não estão completas sem tabuleiros deste bolo que é garantido fazer sucesso. Com um lugarzinho especial no meu coração, esta receita remota a boas recordações e e tenho a certeza que impulsionará outros muitos bons momentos.

Ingredientes:

4 ovos inteiros
2 chav. chá de açúcar
2 chav. chá de farinha
1 chav. chá de cacau em pó
1 chav. de óleo
1 chav. de água a ferver
1 e 1/2 c. chá fermento em pó

Como fazer:

Pré-aquecer o forno a 180ºC. Numa taça grande juntar tudo com cuidado para não tocar directamente os ovos na água quente. Bater tudo muito bem durante algum tempo até tudo incorporado e dissolvido. Untar um tabuleiro baixo com manteiga e enfarinhar, colocar a mistura no tabuleiro e levar ao forno cerca de 35 min.

Notas:

- Para intolerantes à lactose (como eu): para poder realizar esta receita, utilize um cacau orgânico em pó (os de boa qualidade e sem químicos não contêm lactose) mas reduza a quantidade deste para 1/2 ou 3/4 de chávena pois este é mais forte, assim como uma manteiga sem lactose para untar o tabuleiro ou então utilize papel vegetal para forrar.
- O bolo fica absolutamente maravilhoso se deitar um pouco de licor de chocolate por cima do bolo já cozido e ligeiramente arrefecido (ou então licor de ginjinha).

Bolo de iogurte

Uma receita para inaugurar o blog não poderia deixar de ser este simples bolo da minha infância : ). Talvez o primeiro que fiz e que deixou o bichinho da pastelaria. Passando de geração em geração, esta receita é um clássico intemporal e agrada a miúdos e graúdos. O copo usado é o do próprio iogurte depois do seu conteúdo ser também utilizado.

Ingredientes:

5 ovos
1 iogurte natural ou de aroma de preferência
3 copos de iogurte de açúcar
3 copos de iogurte de farinha
1 copo de iogurte de óleo
1 e 1/2 c. chá fermento em pó


Como fazer:

Pré aquecer o forno a 180º C. Bater os ovos inteiros com o iogurte e o açúcar muito bem até ficar um creme macio e aveludado e o açúcar  totalmente dissolvido. Juntar à mistura o óleo e bater para incorporar. Por fim, juntar a farinha e o fermento, um copo de cada vez, peneirando ao adicionar e batendo para incorporar entre cada copo adicionado. Untar uma forma redonda com chaminé com manteiga, enfarinhar com farinha e levar ao forno cerca de 35 min, verificando com um palito o tempo de cozedura. Este deve de sair totalmente seco ao espetar e retirar, assim como conseguir sentir a massa totalmente compacta ao fazê-lo, caso contrário deixe mais 2 min e repita o processo até estar pronto.

Notas:

- Para intolerantes à lactose (como eu): usar um iogurte de soja ou um sem lactose da marca Mimosa assim como utilizar uma manteiga especial sem lactose para untar a forma.

- Para verificar se o açúcar está dissolvido na mistura mergulhar a ponta do dedo na massa e esfregar entre o indicador e o polegar. Se não sentir grãos de açúcar é porque está pronto.

-Não bater muito tempo a mistura depois de juntar a farinha para evitar que o bolo fique seco.

O reencontro com os hábitos